Les images amateur sur Citizenside : entre encadrement et uniformisation
Résumé
Does the emergence of amateur pictures in the media impact the dominant and privileged news forms? This article is a monograph on the French website, Citizenside, which sells to national and international media the work of photographers who do not hold a press card. This commercial enterprise plays a vital role in the structuring and validation of content presented as “amateur,” as well as supervising, legitimizing and uniformizing it. From a methodological standpoint, we undertook a quantitative study based on a typological classification of 221 events by users of the website, and semi-structured interviews of eight actors involved in photo circulation. First of all, this article examines the evolution of the conception of the news gathered by amateurs under specific conditions of production. It appears that the images reflect a reality programmed and circumscribed by place (France and Europe). We note, in fact, little variety in the events chronicled and a dominant Western point of view. We then broach, through a sociological perspective of trades and professional practice, the journalistic standards that play a role in the process of fact-selection and editing in the newsroom, and in so doing, analyze the diversification of journalistic activities. After observing the routes taken by documents on Citizenside, it appears the parameters of publication are still under the control of professionals. The latter rework images, add a frame and try to improve their chances of finding their rightful place in the news world. At the same time, the “non-professional” nature of these documents obliges journalists to adjust their work routines and try to change the strict framework within which their duties are defined.
L’émergence de l’utilisation des images amateur au sein des médias modifie-t-elle les formes dominantes ou privilégiées de l’information d’actualité ? Cet article est une monographie sur le site Citizenside qui commercialise auprès de médias nationaux et internationaux des photographies prises par des photographes non titulaires d’une carte de presse. Cette entreprise exerce une activité d’encadrement et de validation des contenus présentés comme « amateur », qui contribue à les légitimer mais aussi à les uniformiser. D’un point de vue méthodologique, nous avons réalisé une enquête quantitative à partir d’un classement typologique opéré sur 221 événements couverts par les utilisateurs du site ainsi que des entretiens semi-directifs auprès de huit acteurs du processus de circulation des images. Cet article examine tout d’abord l’évolution des représentations de l’actualité saisies par des amateurs dans des conditions particulières de production. Il semble que les visuels reflètent une actualité programmée et circonscrite dans l’espace (France et Europe). On note en effet, la faible variété d’évènements captés et la domination d’un point de vue « occidentalo-centré ». Nous abordons ensuite, dans une démarche sociologique d’étude des métiers et des pratiques professionnelles, les normes journalistiques entrant en jeu dans le travail de sélection des faits et d’éditorialisation mené par la rédaction et, ce faisant, analysons la diversification des activités journalistiques. Il apparaît, après observation des trajectoires des documents sur Citizenside, que les conditions de leur circulation sont toujours sous l’emprise des professionnels. Ces derniers « travaillent » les images, leur ajoutent un cadre et cherchent à signer toujours davantage leur appartenance au monde de l’information. Dans le même temps, le caractère « non professionnel » de ces documents contraint les journalistes à ajuster leurs routines de travail et à faire évoluer le cadre strict de la définition de leurs fonctions.
O advento da utilização das imagens amadoras pela mídia modifica as formas dominantes ou privilegiadas da notícia jornalística? Este artigo faz um estudo monográfico sobre o site Citizenside, que comercializa junto à mídia nacional e internacional fotografias feitas por fotógrafos que não são detentores de um registro profissional. A empresa exerce uma atividade de enquadramento e de validação dos conteúdos apresentados como “amadores”, que contribui a legitimá-los, mas também a uniformizá-los. Do ponto de vista metodológico, realizamos uma pesquisa quantitativa a partir de uma classificação tipológica aplicada a 221 eventos cobertos por usuários do site, bem como entrevistas semi-estruturadas feitas com oito atores que integram o processo de circulação dessas imagens. Este artigo examina, antes de tudo, a evolução das representações sobre a atualidade produzidas pelos amadores em condições particulares de produção. Tem-se a impressão de que essas imagens refletem uma atualidade programada e circunscrita no espaço (França e Europa). Nota-se, de fato, uma baixa variedade de eventos captados e a predominância de um ponto de vista centrado na percepção ocidental. Em seguida, abordamos, em uma perspectiva sociológica de estudos sobre os ofícios e as práticas profissionais, quais são as normas jornalísticas que compõem o trabalho de seleção dos fatos e de editorialização realizadas pela redação e, ao fazer isso, analisamos a diversificação das atividades jornalísticas. Após a observação das trajetórias dos documentos em Citizenside nota-se que as condições de circulação ainda estão condicionadas à autoridade dos profissionais. Estes “trabalham” as imagens, pela adição de um enquadramento e buscando sempre assinalar o seu pertencimento ao mundo da informação. Ao mesmo tempo, o caráter “não-profissional” desses documentos obriga os jornalistas a adaptarem suas rotinas de trabalho e alterarem a definição estrita de suas funções.